...OU
ECOSTONES 2.0
INTRODUÇÃO
“Flintstones.
Meet the Flintstones.
They're
the modern stone age family”
Temade abertura dos Flintstones
Os Flintsones no tronco-movel. Fonte:
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MEET
THE FLINTGREENS...
“Não
basta mudar a energia que faz as engrenagens girarem... são elas que
precisam ser repensadas”
Humberto Gessinger – Até quando o motor aguenta?
Eis então, em pleno século XXI, aparece os Flintgreens. Assim como os Flintstones, eles possuem os mesmos hábitos das famílias “comuns”, a mesma veia consumista e padrão de vida, mas com uma tecnologia adaptada. Ao invés de um carro comum eles possuem um carro elétrico, ao invés de comprarem verduras convencionais compram orgânicos, ao invés de um celular com capa de plástico possuem um com capa de bambu... e por aí vai.
Esse termo é uma junção do nome Flintstones com o termo greenwashing (que se diz quando uma empresa atribui a seu produto características sustentáveis quando, na verdade, a cadeia de seu produto é tão insustentável quanto os produtos convencionais – leia um pouco mais aqui). O Flintgreen é o principal consumidor dos greenwashers, isso porque ele acredita na terceirização da resolução dos problemas. Ele não quer abrir mão do padrão de consumo então ele passa a acreditar que apenas com uma mudança de insumo os problemas irão se resolver. Ele acha que trocar a gasolina pela eletricidade resolve o problema do carro, mas não vê o quanto de recursos naturais são gastos para a fabricação de um carro, inclusive derivados do petróleo e, dependendo de onde ele morar, que a fonte de energia elétrica é esta atrelada a diversas danos ambientais e sociais, afora os outros tantos problemas relacionados ao uso de carros pessoais. Ele também compra orgânico, mas compra em um supermercado, de grandes marcas, sem conhecer as condições de procedência e confia num selo o qual ele possivelmente nuca leu as condições de tirá-lo. E, mais feio ainda, compra uma capinha de bambu pro celular sabe-se la por qual motivo (quando é por estética tudo bem... o problema é ver isso ser justificado como um produto “sustentável”).
Vou citar um exemplo, um pouco antigo, mas grotesco, que pode ser visto aqui, onde o politico em questão resolveu utilizar materiais poluentes ao ambiente para dar cor verde aos fogos de artifício para demonstrar a preocupação do governo com o ambiente. Fez sentido?
TERCEIRIZAÇÃO DA RESOLUÇÃO DOS PROBLEMAS E A DESINFORMAÇÃO
TERCEIRIZAÇÃO DA RESOLUÇÃO DOS PROBLEMAS E A DESINFORMAÇÃO
“Tudo
certo, parceria, que palavras lindas
Mas
ainda tem uma coisa que eu não entendi
Qual
é, afinal, o peixe que tu tá vendendo?”
Alexandre Kumpinski – Por trás
Por fim, para uma maior reflexão sobre a desinformação, vou deixar aqui um vídeo que foi viralizado pouco antes da publicação deste post onde a consultora de marketing Kate Cooper faz a revelação da realidade para uma plateia dos problemas que eles delegaram para outros resolverem e fazem questão de não saber como andam sendo resolvidos.